quarta-feira, 26 de maio de 2010

A cruz e o penhasco

Escutei essa estória agora no banheiro. Quando entrei, a moça que a contava já estava na metade. Nunca tinha ouvido, mas acho que sei o início dela.

Ela é mais ou menos assim:

Havia um homem que estava em um caminho carregando uma cruz. O porquê do caminho ou da cruz, eu não peguei. Só sei que ele estava ali, no caminho, com sua cruz. Não era uma cruz qualquer, era uma cruz enorme. E, por conta da grandeza da cruz, o homem andava devagarzinho e muitas pessoas passavam por ele, carregando cruzes pequenas e médias.

Ele decidiu, então, que ele não precisava carregar aquela cruz enorme. Que ele poderia carregar uma cruz menor, que podia diminuir sua cruz. Então, parou à beira da estrada, pegou um serrote e começou a cortar sua cruz. A fez pequena, do tamanho que conseguia carregar. E continuou no seu caminho, agora andando mais depressa.

Em um determinado ponto, deparou-se com um grande penhasco que precisaria atravessar. Mas agora sua cruz era muito pequena: ligar um lado ao outro precisaria de uma cruz do tamanho original da cruz do homem. Ele não pode seguir o caminho e teve que regredir.

Não sei contar estórias muito bem. Eu só queria mesmo me lembrar dela daqui a algum tempo. Sei que vou precisar.

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