quarta-feira, 10 de março de 2010

Pinta minha vida com tuas cores





A minha vida é regida não pelas cores de Almodóvar ou de Cezzane (aliás, são muito bonitas), mas pelas cores de Van Gogh.

Aos três anos, em uma atividade no meu primeiro ano de escolinha, a professora pediu que levássemos um desenho ou quadro ou foto que gostássemos para a aula. Tentaríamos recriá-las com tintas guaches. Levei os Girassóis de Van Gogh.

Pensando bem, acho que foi aí que comecei minha carreira de nerd. As outras crianças levaram fotos dos animais de estimação, dos pais, desenhos de gatinhos. E eu lá, com os meus girassóis.

Van Gogh pintou milhares. Aparentemente, era só o que existia na Holanda/França na época! O que eu levei mais especificadamente foi o mais famoso, esse aí da foto. Consegui a imagem de um livro que havia acabado de ganhar de aniversário do meu pai (ou do meu avô, nunca lembro) e foi abrir o livro na página e me encantar perdidamente!


Nunca mais larguei Vincent depois disso.

Aos seis anos, fiz minha mãe ler, capítulo por capítulo, a biografia do pintor ‘escrita’ pelo seu irmão, Theo. Na verdade, era uma reunião das cartas que Vincent enviava a ele durante seus longe. Foi a ele, também, que Vincent vendeu seu único quadro em vida. A pedido da mulher do irmão.

Mal pude acreditar, em 2005, quando pude visitar a Holanda. “Estou na terra dele!” Em Amsterdã, existe um Museu Van Gogh. Meus pés, minha alma tremeu ao entrá-lo. Já era fim de tarde, não poderíamos ficar tanto tempo, pois o Museu fecharia mais cedo. Além do mais, estava em reforma. Tudo conspirava contra, mas eu estava lá. Nada mais importava. A cada quadro, desenho ou carta meu coração, como se diz em inglês, would skip a beat.

Meu coração não processava aquilo que via. A ficha foi cair que eu vi, pessoalmente, o quadro, vários quadros do meu pintor preferido quando olhei pra essa foto!

Alguns anos depois, tive o privilégio de conhecer Paris (que ainda vai render um post beem longo, claro!) e o Museu D’Orsay, um dos lugares que mais me encantaram no MUNDO. Sem exagero. E eu nunca achei que poderia dizer isso de uma construção feita por homens e não da natureza!

Mais fotos. Mais quadros. Mais emoção. Nesse dia, cheguei a chorar. Sou manteiga derretida mesmo, ok?

Me apaixonei pelas pinceladas, pelo sofrimento, pelas cores. Quando estou feliz, são essas as cores que enxergo:

Quando estou triste, saudosa, melancólica:




(Bárbara trocou o fundo do seu twitter hoje por uma pintura que conheceu e se apaixonou de Van Gogh semana passada. Tem, em sua parede, um pôster de um quadro dele. Ninguém saberia que é dele se não houvesse o nome).


E ela também apanha do blogger e não consegue intercalar texto e imagem. As imagens estão todas no início! :/

2 comentários:

  1. que lindo vc criancinha nerdinha com quadro cult
    tb tenho um gogh no meu quarto que nao da pra saber que e dele tb
    apesar de que eu acho bem o estilo, mas nao e famoso
    eu sei intercalar as fotos. te ensino se quiser

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  2. ai, eu quero aprender sim! me ensina? : )

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